Artigo veiculado no site Games For Change – América Latina, faz uma análise geral da forma como organizações governamentais e não governamentais entendem o uso de tecnologias digitais e dos games como ferramentas de transformação sócio-cultural, política, econômica e ambiental no mundo de hoje. Confira um trecho do artigo abaixo.
O que mudou nos games
6 de outubro de 2011
Games For Change – América Latina
Link do artigo: “O que mudou nos games”
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Para Asi Burak, Co-presidente da rede Games for Change, em artigo originalmente publicado no site Kotaku, a proposta de usar games como ferramentas de transformação não é apenas um sonho nem mera retórica, mas uma realidade que precisa ser conhecida de perto.
Como desenvolvedor de games e co-presidente do Games For Change, fiquei excitado ao ser convidado pelo Kotaku para discutir alguns dos desenvolvimentos recentes no campo de jogos para as áreas de saúde, aprendizagem e impacto social. A rede Games for Change, fundada em 2004, é uma organização sem fins lucrativos e defensora global de jogos que têm impacto positivo em nossa sociedade.
Ironicamente, este crescente movimento global ganhou mais reconhecimento e apoio dos fabricantes de jogos “hardcore”. E somos parcialmente culpados disto. A premissa hiperbólica de que os jogos vão “mudar o mundo” funciona bem como um título de imprensa, mas é menos eficaz com aqueles que entendem as limitações dos meios de comunicação, como é difícil criar um jogo atraente,e ainda por cima possuindo um propósito específico.
Então, ao invés de sonhar com o que é possível, eu quero compartilhar alguns exemplos de jogos relacionados com projetos que já estão fazendo a diferença.
Jogos em sala de aula
Quando a octagenária Sandra Day O’Connor da Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos da América, subiu ao palco no Games for Change Festival 2008 e anunciou a sua intenção de utilizar jogos para ensinar educação cívica, muitos estavam céticos. Mas eles concordavam que a maioria das crianças saberiam o nome de três juris do American Idol, mas não saberiam os três Poderes do Governo. Desde então, sua equipe iCivics, juntamente com a Filament Games, criaram um rico portfólio de jogos cívicos que estão integrados em 12.000 salas de aula em 50 estados.
Desde agosto de 2009, a iCivics atingiu 1,2 milhões de jogadores e os dados da avaliação mostram que 78% dos estudantes pesquisados, melhoraram a compreensão de como o governo funcionava, 47% ainda continuaram a jogar em casa apenas para se divertir!
Jogos no mundo em desenvolvimento
O principal desafio é que os Games for Change são difíceis de fazer e fáceis de serem mal-feitos.
O empreendedor do terceiro setor Dr. Paul Polak, diz que a maioria dos designers do nosso mundo estão concentrando todos os seus esforços em produtos e serviços para apenas 10% da população. Os outros 90% (5,1 bilhão de pessoas) vivem com menos de US $ 10 por dia e em muitos países em desenvolvimento, o sistema não consegue ensinar as crianças, mesmo as habilidades mais básicas. Cada vez mais organizações de desenvolvimento internacional como USAID, Banco Mundial, a ONU, e fundações privadas estão buscando a tecnologia dos jogos para suprir algumas dessas lacunas.
ZMQ, uma desenvolvedora indiana de jogos, teve seus esforços reconhecidos nesse meio, através dos jogos sobre AIDS desenvolvidos na linguagem Java para celulares. Seus jogos chegaram a 67 milhões de dispositivos com 10,3 milhões de sessões registradas. Uma avaliação mostrou aumentos significativos na aprendizagem e uma pesquisa qualitativa mostrou mudanças de atitude e práticas sexuais mais seguras. (…)
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(*) Asi Burak é o Co-Presidente da Games for Change. Ele é produtor executivo de projetos premiados como PeaceMaker e Play the News, também é membro do corpo docente do MFA em Design para a Inovação Social na Escola de Artes Visuais de NOVA YPRK. Twitter: @aburak