A tecnologia dos games está, aos poucos, ganhando terreno no mundo de hoje. Deixa de ser uma opção de entretenimento, para se tornar ferramenta em diversas áreas antes não exploradas; e tem se dado bem. Com um pouco de paciência e pesquisa, é possível encontrar muita matéria sobre a utilização de games em diversas áreas.
As recentes pesquisas e comprovações de que os ‘gamers’ acabam desenvolvendo habilidades enquanto se divertem, deveria ser levado mais a sério; é evidente que os games trazem benefícios, se bem explorados.
Salvo algumas iniciativas isoladas no mundo e inclusive no Brasil, em geral, os jogos sofrem muita resistência por parte de educadores e profissionais da área, que não enxergam os games com bons olhos. Longe de discutirmos as causas e motivos por detrás desse desinteresse ou mesmo preconceito, a área médica já enxergou a potencialidade de se utilizar essa poderosa ferramenta no auxílio do tratamento de seus pacientes.
O advento de novas tecnologias e novos conceitos na área de games permitiu aos profissionais de saúde integrarem aos seus tratamentos e diagnósticos, instrumentos como o Kinect, da Microsoft e o Nintendo Wii, com absoluto sucesso, em se tratando da aceitação de seu público. Além de tornar o tratamento mais divertido para os pacientes, os profissionais agora têm diagnósticos mais precisos para seus relatórios.
Além do uso na área médica, começam a surgir iniciativas, como a ONG Games for Change, onde os jogos têm uma abordagem estritamente social, econômica e política. Temas como a situação de guerra constante entre países do Oriente Médio, a situação econômica de alguns países e até a questão do terrorismo são recorrentes nos games patrocinados pela organização.
No Brasil, estão surgindo algumas iniciativas que, aparentemente, têm tudo para dar certo. Desenvolvedores independentes estão apostando em games em que valorizam a cultura nacional. Alguns jogos chamam a atenção pela criatividade e pelo bom conteúdo produzido. Recentemente foram lançados o game de plataforma “Aritana e a Pena da Harpia”, que valoriza a cultura indígena, “Cangaço”, game de estratégia que aborda o tema do cangaço no sertão brasileiro e, localmente, o game de aventura “O Jogo do Quati: uma aventura no Parque”, onde é abordado a fauna e flora do Parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte.
E isso é só o começo. Muita gente boa, jovens desenvolvedores e empreendedores já enxergam a produção de games lúdicos como uma lacuna a ser preenchida no mercado nacional. A questão é saber se esse mercado está pronto para investir nesse potencial.