O jogo indie de construção de bloquinhos que se tornou um fenômeno mundial em múltiplas plataformas.

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Link: http://jogos.uol.com.br/pc/previas/minecraft.htm

Escola de Jogos não teve, ainda, acesso ao game. Mas em breve iremos testá-lo e verificar se realmente cumpre o que promete e postaremos nossa impressão e nossas observações a respeito da utilidade como um game lúdico que incentive a criatividade e a imaginação do jogador.

Prévia: Minecraft

Desenvolvedora: Mojang
Lançamento: 18/11/2011
Distribuidora: Mojang
Suporte: Multiplayer
Gênero: FPS

É estranho fazer uma “prévia” de um jogo que se pode jogar há mais de um ano, mas aparentemente “Minecraft” é um título que nos leva a repensar não apenas nas convenções dos jogos de computador, mas também do jornalismo de games.

“Minecraft” roda em Java no próprio navegador, mas tem conversões previstas para os celulares Xperia Play e o Xbox 360 com suporte ao kinect, além de “clones” em plataformas tais quais o iPhone e iPad. O jogo solta o jogador em um gigantesco mundo gerado aleatoriamente repleto de bloquinhos e cabe ao gamer extrair os recursos e recombiná-los criando diversas ferramentas ou montar estruturas, apelando para a criatividade como um jogo físico de empilhar bloquinhos.

O algoritmo de geração de terreno de “Minecraft” forja paisagens surpreendentemente variadas, com vales, penhascos, florestas, desertos, lagos congelados, cavernas, rios, cachoeiras de lava e assim por diante. O mundo vai sendo gerado conforme o jogador se locomove – podendo atingir até oito vezes o tamanho da superfície do planeta Terra se você gastasse alguns séculos de tempo real explorando – e há ainda toda uma dimensão paralela com ares de inferno, o nether, que pode ser acessada construindo um portal de obsidiana.

A jogabilidade em si é simples a ponto de ser infantil: o jogador se move com teclado e mouse como em qualquer FPS em um mundo formado de blocos de diferentes materiais, como areia, terra, madeira, pedra, carvão, ferro etc. Alguns blocos podem ser transformados e recombinados em ferramentas e itens ou reposicionados para construir desde um castelinho de areia até uma mansão. E é bom construir sim um abrigo, porque as noites e cavernas de “Minecraft” estão repletas de monstros e zumbis loucos para degustar o seu cérebro quadrado.

Empilhar cubinhos pode parecer bobeira, mas as invenções que os jogadores já construíram são impressionantes e mostram como gente grande pode se divertir com uma ferramenta tão simples. Grande parte do apelo do game é se exibir com a sua criação na internet, e toda uma comunidade foi formada em torno desse aspecto do jogo. Para se ter uma ideia da dimensão desse grupo paralelo, mais de meio milhão de vídeos sobre “Minecraft” já foram postados no Youtube.

A construção de grandes estruturas é a principal atividade desse perfil de jogador. Montanhas russas costumam ser os projetos favoritos, mas é possível encontrar versões em escala das pirâmides egípcias, do prédio do parlamento sueco, o Empire State Building, o Taj Mahal, o Arco do Triunfo e até recriações da Isengard de “O senhor dos Anéis”, uma USS Enterprise tamanho “real” e um globo gigantesco de todo o planeta Terra.

O jogo tornou o seu criador um milionário da noite para o dia – o programador sueco Markus Persson, mais conhecido pelo pseudônimo Notch. “Minecraft”vendeu milhões de unidades virtuais custando de início só o tempo dispendido por Persson. Isso passando batido por distribuidores, se fomentando só de marketing boca a boca – ou tecla a tecla.

E como “Minecraft” vai sendo atualizado ao invés de ser terminado e lançado, é capaz que a experiência ainda mude muito até seu “lançamento”, inclusive com tentativas de torná-lo mais com “cara de jogo”. Um lançamento que nada mais é, como o próprio Notch descreve, “apenas o momento que a gente pára de modificá-lo”.

Veja o vídeo:

 

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