JÚPITER:
JÚPITER:
Júpiter é composto principalmente de hidrogênio e hélio. O planeta também pode possuir um núcleo composto por elementos mais pesados. Por causa de sua rotação rápida, de cerca de dez horas, ele possui o formato de uma esfera oblata. Sua atmosfera é dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades onde as faixas se encontram. Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data do século XVII, com ventos de até 500 km/h e possuindo um diâmetro transversal duas vezes maior do que a Terra.
Júpiter é observável a olho nu, com uma magnitude aparente máxima de -2,8, sendo no geral o quarto objeto mais brilhante no céu, depois do Sol, da Lua e de Vênus. Por vezes, Marte aparenta ser mais brilhante do que Júpiter. O planeta era conhecido por astrônomos de tempos antigos e era associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os romanos nomearam o planeta de Júpiter, um deus de sua mitologia.
Júpiter possui um tênue sistema de anéis, e uma poderosa magnetosfera. Possui ao menos 63 satélites, dos quais se destacam os quatro descobertos por Galileu Galilei em 1610: Ganímedes, o maior do Sistema Solar, Calisto, Io e Europa, os três primeiros são mais massivos que a Lua e o primeiro, tem um diâmetro maior que o do planeta Mercúrio.
Júpiter na Cultura
Júpiter era conhecido desde tempos antigos. É visível a olho nu à noite, e pode ser ocasionalmente visto de dia quando o Sol está baixo no horizonte. Para os babilônicos, o objeto representava o Deus Marduk, possivelmente utilizando a órbita jupiteriana (que é de aproximadamente 12 anos) ao longo da eclíptica para definir as constelações do zodíaco. Os antigos romanos nomearam o planeta em homenagem ao principal Deus da mitologia romana, Júpiter (Iupiter), cujo nome provém do caso vocativo protoindo-europeu dyeu ph2ter, que significa "padrinho". O símbolo astronômico de Júpiter, ♃, é uma representação estilizada do raio do Deus romano. "Jupiteriano" e "joviano" são os adjetivos do planeta.
Os chineses, japoneses, coreanos e vietnamitas nomearam o planeta de "estrela de madeira", 木星, baseado nos cinco elementos chineses. Os gregos nomearam o planeta de Φαέθων, "faetonte", que significa "iluminado". Na astrologia védica, astrólogos hindus nomearam o planeta em homenagem a Brihaspati, o professor religioso dos Deuses, chamando comumente o planeta de "guru", literalmente, "o pesado". Júpiter é a origem do dia de semana "quinta-feira" (por exemplo, jueves em castelhano) em todos os idiomas românicos com a exceção do português. No inglês, a origem da palavra Thursday (quinta-feira em português) é "dia de Thor", com Thor sendo associado ao planeta Júpiter na mitologia germânica. Na astrologia ocidental, Júpiter está associado com crescimento, prosperidade e sorte, e os sentidos de justiça e moralidade. Governa longas viagens, educação superior, religião e lei.
Apesar de seu brilho, Júpiter é raramente mencionado em obras literárias antigas e medievais, sendo mencionado primariamente como uma referência astrológica. Em tempos modernos, porém, o sistema jupiteriano foi mencionado em várias obras de ficção científica.
Astrologia
- Símbolo astrológico de JÚPITER
Domicílio em: Sagitário e Peixes.
Exaltação em: Câncer
Metal: Estanho
Pedras preciosas: Topázio, Ametista e Água-marinha.
Cores: Púrpura, em diversas tonalidades, de roxo a lilás.
Essências: Baunilha, Canela e Violeta.
Arcanjo: Uriel
Orixá: Oxalá
Número: Três
Dia da semana: Quinta-feira
Órgãos: Fígado, pâncreas, e por vezes, os pés.
Satélites
Júpiter possui 63 satélites naturais confirmados (embora, em teoria, os componentes individuais que compõem seus anéis também sejam satélites do planeta, complicando a definição). Destes 63, 47 possuem menos de 10 km de diâmetro e foram descobertos a partir de 1975. Os quatro maiores satélites, conhecidos como satélites galileanos, são Io, Europa, Ganimedes e Calisto.
Antes das descobertas feitas pelas sondas Voyager, os satélites de Júpiter eram divididos em quatro grupos, cada um com quatro satélites, baseados nos elementos orbitais em comum. Desde então, vários pequenos satélites foram descobertos, complicando a classificação. Atualmente, acredita-se os satélites estão divididos em seis grupos, embora alguns sejam mais distintos que os outros.
Uma subdivisão básica é o agrupamento dos oito satélites mais próximos, que possuem órbitas praticamente circulares, próximas ao plano do equador e, provavelmente, foram formados com Júpiter. O restante consiste de um número irregular de satélites, estes, provavelmente sejam antigos asteróides ou cometas que foram capturados pela gravidade jupiteriana, com órbitas elípticas e inclinadas. Satélites irregulares que pertencem a um grupo possuem elementos orbitais similares, e como consequência, podem possuir uma origem comum, talvez sendo restos de um satélite ou corpo capturado que foi partido.
Grupo Amalteia: O grupo interior consiste de quatro pequenos satélites, todos com diâmetro de menos de 200 km, possuem um raio orbital de menos de 200 000 km, e possuem inclinações orbitais de menos de um grau. Satélites galileanos: Estes quatro satélites, descobertos por Galileu Galilei, orbitam a 400 000 km a 2 000 000 km, todos estão entre os maiores satélites do Sistema Solar. Satélites irregulares: Temisto: Satélite único que é o único membro deste grupo, orbitando entre os satélites galileanos e o grupo Himalia. Grupo Himalia: Um grupo de satélites que orbitam entre 11 000 000 e 12 000 000 km de Júpiter. Carpo: Outro caso isolado, próximo ao grupo Anake. Grupo Ananke: Possui fronteiras não bem definidas, a uma distância média de 21 276 000 km de Júpiter, inclinação média de 149°. Grupo Carme: Grupo razoavelmente distinto, com distância média de 23 404 000 km de Júpiter, inclinação média de 165°. Grupo Pasifae: Um grupo disperso que cobre todos os satélites exteriores.
Satélites regulares: